Capitulo 9

Luan Narrando:

Sai do apartamento de Laura transtornado, não acreditando que ela preferiu se afastar de mim, que sempre estive ao lado dela em todos os momentos ao invés de se afastar dele que conheceu a o que? Nem um ano é! No Maximo que fazem é sete meses e mesmo assim ela preferiu defender aquele cara, aquele maldito viado que desde que entrou na vida de Laura vem fudendo com a nossa amizade.Como eu me arrependo de á ter chamado para aquela maldita balada em que ele estava presente. Ele não é homem pra Laura e ela parece estar cega para não perceber isso e mesmo eu á alertando disso mesmo assim o errado da história para ela sou eu! A minha vontade era de socar a cara do Fernando, mas sei que aquilo magoaria a Laura, e mesmo ela tendo feito meu coração em pedaços ao preferi-lo eu não poderia fazer aquilo em respeito á ela. Fui de Maringá a Londrina sentindo um aperto no peio sem igual, a Laura sempre foi minha base, meu porto seguro, era ela quem me dava conselhos, que brigava comigo, que se preocupava como uma mãe, quem tinha o melhor cafuné. E perceber que de uma hora para outra eu perdi isso para um babaca estava me doendo, ainda mais ao me lembrar de suas palavras direcionadas á mim, logo eu que nunca medi esforços para ajudá-la.

Cheguei em casa e fui direto pro meu quarto deixando meu pai me chamando na sala, não tinha cabeça pra conversar e acho que pela primeira vez depois de anos eu choraria de decepção por uma mulher, logo ela que em tantas vezes disse que nunca me abandonaria, aquela que em tantos momentos fui seu “herói”. De repente me veio a lembrança de quando nós tínhamos uns treze anos

Flashback on:

 Depois de Laura fingir uma falsa dor de cabeça e eu mentir pra mamusca que a mãe de Laura havia me pedido para cuidar dela aquela tarde, ambos estávamos na casa dela assistindo um filme quando Laura se levantou para ir ao banheiro e eu continuei vidrado na  TV, até a ouvir me gritar assustada

Laura: - Rafa!

Luan: - Que foi menina? – ri despreocupado

Laura: - Rafa corre aqui! – disse com voz de choro e me levantei assustado

Luan: - Que foi Laurinha? – perguntei da porta do banheiro assustado

Laura: - Eu to sangrando Rafa – chorou e um desespero me tomou

Luan: - Sangrando? Como assim Laura? Abre essa porta cara!

Laura: - Eu menstruei Luan – chorou e uma imensa vontade de rir me tomou – O que eu faço? Eu to sangrando e isso vai sujar a casa inteira! – dizia desesperada enquanto eu segurava o riso

Luan: - Sério que se menstruou? – gargalhei

Laura: - Sai daqui Luan, se for pra você rir pode ir embora e esquecer essa merda que acabou de acontecer comigo! – dizia nervosa

Luan: - Eu não to rindo – menti segurando a risada – o que você quer que eu faça?

Laura: - Procura um absorvente no guarda-roupa da minha mãe – dizia ainda chorando

Luan: - Que gracinha ta virando mocinha – gargalhei e á ouvi me xingar – calma, to indo menina.

Procurei por quase todos os lugares do quarto dos pais dela e não achei nada parecido com aquelas “fraldinhas” antes que Laura se matasse de tanto chorar no banheiro fui na minha casa que ficava ao lado da dela e como sabia onde minha mãe guardava aquela coisa peguei um pra ela como quem pegava drogas morrendo de vergonha de alguém ver. Entreguei por de baixo da porta do banheiro pra Laura que soluçava e voltei a sentar no sofá esperando ela.

Luan: - Não vai sair daí não? – perguntei depois de um minuto

Laura: - Tô com vergonha de você

Luan: - Não precisa, anda, sai daí pra gente ver o filme

Laura: - Não quero – respondeu teimosa e ri

Luan: - Vou espalhar o que aconteceu pra rua inteira – ameacei a tentando a fazer rir

Laura saiu do banheiro com o rosto todo vermelho e correu pro quarto, ri e alguns minutos depois ela voltou tomada banho e com outra roupa, certamente havia tomado banho no banheiro do quarto dos pais. Sentou no sofá e encarou a TV sem me olhar.

Luan: - Vai falar comigo não?

Laura: - Não!

Luan: - por quê? – ri

Laura: - To com vergonha – confessou colocando a almofada no rosto e ri

Luan: - Vem cá vem – puxei ela que contra vontade deitou com seus cabelos molhados em meu colo – não precisa ter vergonha, isso é normal  - ri

Laura: - Não é normal a uma menina menstruar  pela primeira vez e ter a ajuda de um amigo – dizia ainda co o travesseiro no rosto

Luan: - E me diz se alguma coisa em você é normal? – ri e ela me bateu – to fudido agora, ter que te agüentar todo mês de TPM – fiz careta e ela saiu do meu colo me tacando o travesseiro

Laura: - Retardado

Luan: - Que você ama

Laura: - Só se você cantar pra mim – pediu manhosa e mais uma vez não resisti ao seu jeitinho e passei a tarde toda na companhia dela e do meu violão

Luan: - Agora você me ama? – perguntei após cantar inúmeras canções a vendo jogada no chão da área apenas escutando

Laura: - Só um pouquinho! – riu

Flashback  off:

Quando dei por mim um sorriso saudoso e uma lágrima rolava por meu rosto. Ela não podia fazer isso comigo, não mesmo. Logo eu que ela sempre disse que era a melhor coisa que lhe aconteceu. Ouvi baterem na porta e não respondi, logo vi minha irmã com o semblante preocupado entrar no quarto.

Bruna: - Te falei pra não ir lá – dizia tristonha se sentando e colocando minha cabeça sobre sua perna – Ela pediu pra você se afastar? – sussurrou mexendo em meus cabelos

Luan: - Como sabe?

Bruna: - Aquela vez que sai com ela e a Claudia – suspirou – Ela já tinha dito que o melhor era vocês se afastarem, que essa intimidade toda tava prejudicando ela...

Luan: - Eu prejudicando ela? – encarei Bruna incrédulo – Pelo amor de Deus Bruna, você mais do que ninguém sabe que eu faço de tudo pela nossa amizade, que sou capaz de atravessar o mundo se ela me ligar chorando e ela vem dizer que nossa amizade prejudica ela? – bufei

Bruna: - Justamente Luan, você faz de tudo apenas pela AMIZADE! – bufou me deixando sem entender – você não enxerga o que até o Fernando enxergou! – revirou os olhos nervosa

Luan: - É tudo culpa dele Bruna, ele ta enchendo a cabeça da Laura contra mim, ela é inocente e ta se deixando levar – passei a mão por minha cabeça e Bruna negou

Bruna: - Até quando você vai se fingir de cego ein Luan? – suspirou me fazendo carinho

Luan: - Do que cê ta falando Piroca?

Bruna: - Nada Luan, nada – e fez deitar novamente – Só me responde uma coisa. Você ama a Laura?

Luan: - Lógico que amo Bruna, amo ela do mesmo modo que te amo, ela é como uma irmã pra mim cara, minha melhor amiga desde que nasci!

Bruna: - Ai Luan, Luan, Luan! – respirou fundo – Você não toma jeito mesmo – riu

Luan: - O que eu faço Bruna? Eu não quero perder a amizade dela, mas também não engulo o que ela me disse, que eu não sei nada sobre amor, que não me importo com os outros. Porra Bruna, eu curtir minha vida não significa que eu não goste ou me importe com as outras pessoas, se eu fico com essas meninas, mas fico por que elas se oferecem, não prometo nada pra ninguém e sempre deixei isso claro e a Laura sabe disso.

Bruna: - Nunca te passou pela cabeça que ela pode se chatear com sua intimidade tão grande com ela de contar até como você ficou com as meninas?  As meninas são diferentes Luan, não gostam de saber desse tipo de coisa. Nunca notou que ela muda completamente quando você começa a falar sobre sua peguetes?

Luan: - Ela não se importa Bruna, se importasse já tinha me falado, ela também me fala tudo que acontece com ela. Aliás, me falava, até esse merda desse Fernando aparecer – bufei – Mas mesmo que eu sofra Bruna, sempre eu vou atrás dela em nome da nossa amizade, dessa vez eu não vou! Sei que mais cedo ou mais tarde esse viadinho vai aprontar alguma e ela vai correr pra mim de novo. Sou eu que acalmo ela e isso independente de quantos caras ela ficar nunca vai mudar

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 E agora? Luan é orgulhoso e acha que a Laura vai vir atrás dele... será?