119 Capitulo

Laura narrando

Eu saia do banheiro quando o garçom segurou meu pulso, o olhei estranha e ele sorriu de canto.
Garçom: - Pelo menos dessa vez ele não te deixou na mão né princesa? – sorriu – Mas olha, quando ele fizer isso novamente, pode me ligar – colocou um papel na minha mão – Eu posso te servir de companhia. – sorriu largo e se virou saindo confiante

Eu ainda estava perplexa com a ousadia daquele rapaz, olhei o papel em minha mão e fiquei arregalada com a ousadia dele, neguei e bufei o colocando dentro da bolsa, não havia nenhum lixo ali por perto e seria muita falta de educação minha jogar o guardanapo rabiscado no chão. Iria voltando par a mesa quando vi Rafa andar a passos largos, de jeito possessivo até a mim.

Luan: - O que é isso que você colocou na sua bolsa Laura? – perguntou sério, de forma ríspida

Laura: - O que?

Luan: - Essa porra que esse imbecil de merda te entregou. Me dá esse inferno, quero saber o que é isso e por que você guardou

Laura: - Luan, não precisa disso. Para de dar ataque de ciúmes aqui e agora – o repreendi de forma séria

Luan: - Então me entrega essa bosta de papel Laura! Ta escondendo alguma coisa de mim? – falou me olhando nos olhos

Neguei incrédula e abri minha bolsa entregando o papel a Luan que assim que leu o numero do celular do rapaz, ficou com os olhos cobertos em raiva.

Luan: - Por que você guardou isso Laura? – perguntou direto, me olhando sério

Laura: - Da pra parar de ser sem educação? Eu só guardei por que não ia jogar o papel no chão Luan, isso é muita falta de respeito da minha parte com o pessoal que trabalha duro para que tudo isso aqui fique limpo!

Luan: - Foda-se! Tinha que ter guardado o numero dele? Por que não mandou ele enfiar essa porra no...

Laura: - Luan! – o repreendi antes que ele dissesse um palavrão

Luan: - Filho da puta! – xingou nervoso rasgando o papel

Olhava arregalada pela atitude de Luan que sem me dar tempo de qualquer coisa segurou minha mão andando a passos largos pelo corredor

Laura: - Onde a gente vai? – perguntei tentando ser tão rápida quanto ele

Luan: - Naquele imbecil!

Laura: - Amor, não vai caçar confusão! Por favor! Por mim! – pedia tentando manter a calma

Luan: - Da onde ele te conhece?

Laura: - Ele que me atendeu na sexta. Não aconteceu nada Luan, nada! Ele apenas ficou incomodado assim como eu pela sua falta de compromisso comigo. – falei séria e Luan bufou – Luan, se você for atrás desse rapaz pra brigar com ele, eu juro que vou fingir que não te conheço! – avisei séria  e ele não deu ouvidos, chegamos a parte de baixo do restaurante e imediatamente os olhos de Luan o encontraram – Eu to te avisando Luan Rafael!

Ele não disse nada, então num gesto brusco me soltei da mão dele, ele me olhou sério, sustentei o olhar e ele não fez nem menção de que desistiria de ir até o rapaz. Neguei com a cabeça e bufei saindo do restaurante a passos largos, não ficaria ali passando vergonha com Luan e seus chiliques de ciúmes.

Assim que passei pela porta, o carinha que guarda os carros e me reconheceu como a acompanhante do Luan Santana, assenti olhar pra dentro do restaurante e vi que Luan falava com o garçom e com outro homem de terno, certamente o superior dele. Respirei fundo rezando para que aquilo não prejudicasse o rapaz. O homem veio com o carro do Luan e entrei nele o pedindo para avisá-lo assim que saísse que o estacionaria ali em frente. Fiz isso e completamente com raiva de Luan passei pro banco do carona.

Quase cinco minutos depois o vi dar uma gorjeta ao home e tirar uma rápida foto com ele vindo em direção ao carro sério. Cruzei meus braços emburrada assim que ele entrou no carro e me encarou.
Laura: - Eu vou voltar aqui um dia, e se souber que o coitado foi despedido por sua causa, pode ter certeza que faço greve de sexo até o casamento que a gente ainda nem tem data marcada! – falei nervosa e ele me olhou sério enquanto dirigia

Luan: - Vai defender o filho da puta?

Laura: - Não Luan! Mas se você não tivesse me feito de idiota e me deixado te esperando sozinha na sexta, talvez isso não tivesse acontecido! – alfinetei-o nervos e ele bufou – Ele me deu o numero dele pra da próxima vez que você furar comigo eu pelo menos ter uma companhia! – falei implicante e ele me olhou incrédulo

Luan: - Vai ligar pra ele como agora? Por telepatia? – falou irônico já que havia rasgado o papel

Laura: - Por quê? Você vai me dar o bolo de novo pra eu ter oportunidade de ligar pra ele? – falei também irônica e ele mexeu no cabelo nervoso

Nos calamos por alguns minutos no carro, até eu perceber que o percurso que ele fazia não era pra minha casa.

Laura: - Onde você ta indo? Eu vou pra minha casa, não vou pra lugar nenhum com você! – falei seria, ainda de braços cruzados e ele me olhou entediado, respirando fundo em seguida

Luan: - Já falei com a Claudia, ela vai te cobrir amanhã – murmurou

Laura: - Ta e daí? Isso não significa que vou pra outro lugar com você! – falei séria e ele não me deu ouvidos, continuou dirigindo sem se importar com a minha opinião – Porra! Tinha esquecido como você é insuportável! – falei feito criança de braços cruzados

Sei que não adiantaria reclamar, ele não me levaria para casa. Naquela rua, bem mais a frente havia o Mcdonald’s , então ainda com fome o fiz ter que parar para comprar um lanche pra mim.

Laura: - Eu to com fome! – o avisei emburrada e ele me olhou – Você vai parar no Mcdonald’s e vai comprar um lanche pra mim! – falei séria

Rafa acelerou o carro e realmente parou onde pedi,  ele ainda tirava a carteira do bolso quando eu desci do carro sem nem olhar na cara dele. Entrei no local e agradeci por ter poucas pessoas, afinal meus trajes não condiziam com o local. Pedi meu lanche e o lanche preferido de Rafa e voltei para o carro para aguardá-los, segundo eles demorariam uns dez minutos. Sentei no banco e Rafa me encarava esperando que eu dissesse algo, porem cruzei os braços novamente e fiquei olhando o nada o que provavelmente o deixaria puto, ele odiava quando eu fazia isso.

Um pouco entediada por nosso silencio, peguei meu celular e comecei a jogar, não tinha nada além disso pra fazer, Rafa ligou o som e de vez enquanto me encarava sendo ignorado por mim.
Não demorou muito e logo nosso lanche estava pronto, peguei-o e o paguei, mesmo que Rafa tenha me entregado o dinheiro o ignorei. Peguei nossos lanches e sentei novamente, Rafa deu partida no carro e saiu dali.

Aos poucos fui reconhecendo o caminho, pelo jeito estávamos indo para o hotel em que poucas vezes ele ficava já que sempre ia pra minha casa. Minha suspeita se confirmou quando ele estacionou o carro. Entramos pela garagem e fomos pelo elevador ainda em silencio. Ele abriu  a porta do  quarto enorme e me deu passagem, passei por ele e fui logo me sentando na mesa de centro da suíte, peguei meu lanche e comecei a come-lo com uma fome gigantesca o fazendo me olhar estranho, com certeza eu estava com a boca toda suja. Apontei o lanche dele e ele se sentou frente a mim, e ao contrario do que eu estava fazendo, começou a comer civilizadamente, as vezes parava para me olhar e segurava o riso o que me dava a certeza de que estava com o rosto um pouco sujo.

Eu já estava na metade do meu lanche, Rafa começava o seu agora, eu mastigava já analisando a minha próxima mordida quando sua voz suave e rouca me fez arrepiar da cabeça aos pés.

Luan: - Ta sujo aqui – falou baixo e com delicadeza passou o polegar pelo canto da minha boca
Engoli em seco e abaixei a cabeça, seu olhar era intenso e pelo jeito a sua pequena revolta de mim já havia passado e suas intenções já eram outras. Filho da mãe ordinário.

Levantei minha cabeça e Rafa me olhava sem desviar, larguei meu lanche e fiz o mesmo o encarando com as sobrancelhas erguidas.

Laura: - Quer uma foto? – perguntei irônica e ele riu de canto

Luan: - Pode ter certeza que já tenho várias!

Laura: - Então para de me olhar comendo porra! – falei nervosa e voltei ao meu lanche o que o fez rir
Em poucos minutos acabei meu x-tudo, me levantei da mesa e fui rumo a pequena sala, tirei meu salto me escorando na porta de entrada, ainda curtia a sensação de alivio ao fazer isso quando olhei e vi Rafa vindo em minha direção, ele estava incrivelmente lindo, maravilhoso. Cabelo já um pouco bagunçado, blusa com alguns botões abertos, aquela boca que eu tanto amo envolvida por sua barba. Seu corpo perfeito e a confiança em si mesmo fez meu corpo estremecer. Eu o desejava, aqui e agora. E de repente uma duvida me rondou: valia mesmo a pena continuar brigada com ele?

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Era o telefone do garçon e Luan surtou, até com o gerente falou.. Mas a Laura continua brava com ele. E agora ela vai ceder ao desejo? A tentação? Pelo jeito Luan não vai dar moleza não!

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Comentários passados respondidos..bjos Lizi